Hoje, 21 de novembro de 2024, completam-se 20 anos desde que Emiliano partiu. Ele tinha apenas 19 anos, um jovem cheio de vida e coragem. Sua ausência rompeu o que deveria ser a ordem natural da vida, uma dor que nenhum pai ou mãe deveria experimentar.

Aquele dia nunca será esquecido. Emiliano, sempre disposto a ajudar, pulou na água para buscar uma pequeno Caiaque que havia se afastado da margem. Um gesto que, embora simples, revelou o seu desprendimento a sua coragem, que sempre foram parte dele. Porém, em um instante, a fatalidade nos mostrou o quanto somos frágeis diante da vontade de Deus.

Em dado momento ele parou de nadar, voltou se pra margem e sinalizou que estava passando mal, naquele instante iniciou-se uma corrida contra o tempo, luta que infelizmente perdemos. A luta dele naquele momento foi intensa, um reflexo do espírito determinado que carregava. Pessoas tentaram ajudá-lo, e, mesmo com toda a coragem, o destino foi cruel. Quando a ajuda finalmente chegou, já era tarde.

Esses 20 anos não amenizaram a dor. Parece estar acontecendo agora, a lembrança daqueles momentos de sofrimento é tão intensa quanto naquele dia. E é uma ferida que permanece aberta, uma ausência que nunca será preenchida.

No entanto, ao lembrar de Emiliano, o que vem à mente não é apenas o dia da despedida, mas a sua essência: sua energia, seu coração generoso e o amor que ele deixou marcado em todos que o conheceram.

Hoje, mais do que nunca, ele vive na memória, nos gestos, nas histórias e em cada pensamento que o traz de volta para perto. Porque o amor por um filho nunca desaparece, nem mesmo com o passar do tempo.

Emiliano será sempre lembrado como alguém que viveu com intensidade, viveu com pressa, parecia saber que seu tempo entre nós era curto. Emiliano amou e foi amado, e continua presente, mesmo na ausência.