Marina Silva defende carta de presidente da COP30



A falta de uma maior ênfase à renúncia desse tipo de fonte de energia, classificada como suja, foi um ponto criticado por entidades que atuam no campo do meio ambiente. A redução das emissões pela queima de combustíveis fósseis está entre os principais compromissos da comunidade internacional para que sejam atingidas as metas ambientais de mitigação das mudanças climáticas.
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"Cada país fazendo a sua parte. Os que podem mais fazem mais, os que podem menos também fazem, mas precisarão da ajuda dos ricos, principalmente com os recursos de implementação", disse.
O argumento dos críticos é de que o Brasil deve abdicar de investir em combustíveis fósseis tanto pelos efeitos que provocam, já que vão na contramão das metas de zerar emissões líquidas, como pelo que o gesto significaria no ano em que sedia um evento da magnitude da COP30.
Marina Silva assegurou que o detalhamento das negociações sobre o tema será feito, mas em uma segunda carta. "Se a gente vir a linguagem diplomática, a questão dos combustíveis fósseis está ali colocada. Quando você fala que tem que fazer a transição energética, vai transitar para onde? De fóssil para renovável, que é exatamente pegar o que foi decidido lá na COP28 [28ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas], em Dubai, que diz que se tem que triplicar [energia] renovável, duplicar eficiência energética e fazer a transição para o fim do uso de combustível fóssil", complementou.
A ministra finalizou a fala ressaltando que o Brasil possui um leque de opções e às quais pode recorrer como alternativas aos combustíveis fósseis. Uma vertente com bom potencial, sublinhou, é a do hidrogênio verde.
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